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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Recordações





Um amor para recordar
Por: Gustavo Pestana

Depois de um banho, Eduardo e Mônica conseguiram retirar todo mel, sucrilhos e caroços de melão, que sobraram do resto daquele café-da-manhã. Vocês lembram do e-mail que Mônica mandou pra Eduardo? No qual ela disse que gostaria de estar com Eduardo mergulhando? Pois é, mas como ela poderia mergulhar agora paraplégica? Como realizar aquele sonho?
- Vamos amor! Está na hora de você me apresentar a cidade de Sidney! - Eduardo estava super empolgado com o fato de poder conhecer aquela cidade, pois Mônica sempre falava em Sidney. Ele ficava tentando imaginar os mínimos detalhes dessa temporada com seu amor.
- Calma! Estou terminando de me arrumar!- diz Mônica.
Após dez minutos, Mônica sai do quarto, e Eduardo fica parado olhando para ela! Ele não diz uma palavra durante uns dois minutos. Eduardo ficou com a boca meio aberta sem perceber. Se você tivesse a oportunidade de vê-lo, você diria que ele estava com o corpo na terra, mas a cabeça no mundo da lua.
- Amor! Tudo bem com você? - Pergunta Mônica com medo.
- Está tudo bem sim! Por quê? – Responde Eduardo, como se estivesse anestesiado.
- Você fica ai calado e não diz nada, fiquei assustada! Foi alguma coisa? Aconteceu algo?
- Sim! Aconteceu algo muito sério!
- O que? É minha roupa? Não ficou legal?Ainda estou suja? Estou cheirando mal? Será que é o perfume novo, você não gostou?É meu cabelo, ele está desajeitado? Me diz por favor, já estou sem graça!
- Amor, é tudo em você!
- TUDO! Ai meu Deus! E agora?
- Tudo em você me faz feliz! Eu me perco te olhando! Olhar pra você me faz ganhar o dia! Saber que você existe, e contemplar a sua beleza, me faz compreender por que Gustavo Pestana, no texto Pedaço que me falta, diz que Adão ficou perdido diante da beleza de Eva! Perto de você eu percebo um pedaçinho do céu na terra, perto de você me faltam palavras e não consigo descrever o que vejo, de modo que o meu silêncio grita o meu amor! Ni, eu me lembrei de como nos conhecemos! De tudo!
- Du, perto de você eu me sinto mais forte! Eu senti tanto medo quando eu fui atingida pela bala! Apesar de te conhecer e das experiências lindas que tive com você, eu pensei que você me abandonaria, pensei que perderia a pessoa que mais esteve presente em meus momentos difíceis, pensei que eu morreria, isso me fez triste por alguns dias. Quantas lágrimas eu derramei durante a madrugada naquela cama fria do hospital. O silêncio do hospital me fazia sentir mais medo de tudo. Eu desejei a morte, pois aqueles sentimentos não me traziam vida. Eu já tinha passado por várias situações difíceis, com outras pessoas, você sabe do que eu falo, aquele passado que demorou pra passar. A cena mais linda que eu me recordo, foi o dia que você entrou na UTI, quando ainda nem era permitida visita. Você entrou na sala com uma pequena caixa vermelha. Nela tinha um pedaço de cartolina vermelha, algumas pétalas vermelhas de rosas e um cartão, no qual continha aquela poesia de Fernando Pessoa e, juntamente com ele um par de alianças.
- Ni, eu tive muito medo de perder você! Você é ....
- Calma amor! Deixa eu terminar de falar! Largue de impaciência! - Mônica ri de forma doce - Você sempre conseguiu atingir o meu coração com as coisas mais simples do mundo. As mais sinceras, as mais sublimes. Você sempre observador, mas eu devo admitir que eu também sempre fui, mas não poderia deixar você perceber, pois assim tudo parecia fluir num ritmo sublime! Mas pelo amor de Deus você precisa deixar de ser tão ansioso, nós já conversamos obre isso!
- Sim minha mãe! Vai me colocar de castigo agora é?
- Não Eduardo Oliveira. E você pare de ironia, você sabe que não suporto ironia.
- Apreendi com você teacher!(risos)
- Me poupe, Eduardo pelo amor de Deus.
- Você às vezes muda da água pro vinho num pequeno instante Mônica!
- Eu mesmo não você que às vezes fica... Amor! - Eduardo Grita. – Estamos quase em cima do horário do mergulho!
- Ai meu Deus! Vamos filho!
Mônica às vezes mudava de comportamento num espaço de tempo, ela tinha uma mania de corrigir Eduardo, e sempre tentar lhe ensinar o que ele deveria fazer e como ele deveria se comportar e isso não agradava Eduardo, pois ela fazia isso com muita freqüência.
P.S.: Tentei na imagem do texto, reproduzir o que Mônica viu dentro da caixa. As alianças não estão na imagem, pois elas nesse momento, já estavam nos dedos de Eduardo e Mônica! Dêem uma olhada na imagem, e tentem imaginar Mônica abrindo a caixa!



(Continua na Parte 04)

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