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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eu tenho medo!






Parte 04

Eu tenho medo!



Por: Gustavo Pestana


O dia estava lindo! Muito lindo! Mônica a caminho da praia estende o seu braço para fora da janela do carro, e sente o frescor do vento tocar-lhe a palma da mão, a sensação era semelhante a se uma pessoa lhe massageasse a mão. A vida para ela estava contida nas pequenas coisas, nos momentos considerados simples, pois ela entendia que muitas pessoas existiam, mas poucas viviam de verdade. Mas quem liga pra isso? Pensava Mônica. Pra que pensar na beleza do pôr-do-sol ou na linda lua, se o que normalmente as pessoas buscam é ser reconhecidas, ter dinheiro, ter status e possuir o que mais possa ser visto por outras pessoas. Numa busca por uma felicidade que talvez não exista. Os adultos acreditam que serão felizes ao terem carros, casas, fazendas, dinheiro e tantas outras coisas, e quando conseguem atingir estas metas, normalmente se distanciam da FELICIDADE. A felicidade é dinâmica, depende do olhar do expectador. É tão interessante como as crianças são a expressão máxima da felicidade, pois um mero óculos quebrado ou até mesmo um celular que não funciona, é algo espetacular para uma criança.
- Amor! – Disse Eduardo para Mônica.
- Oi filho!
- Coloca a mão pra dentro do carro por favor!
- Calma já vou!
- Amor! Por favor! Coloca a mão pra dentro do carro!
- Será que eu não posso colocar a mão um pouco pra fora do carro?
- Calma amor! A gente vai discutir agora?
- Você é um insensível! Só por que está dirigindo e não pode fazer isso, tenta me privar é?
- Não é isso!
- É sim, você não percebe que eu estou tão feliz com algo tão simples? Melhor você nunca percebe muita coisa! Você nem percebe quando eu uso simples brinco!
- Assim você me magoa Ní! Você sabe que eu não sou assim, por que você esta falando isso comigo? As vezes eu não lhe compreendo, você me parece estranha por algum momentos!
- Esquece isso que te falei Dú! Por favor, esquece!
Os dois após aquela discussão fútil, permanecem em silêncio até chegar à praia. Eduardo fica pensando, o motivo de Mônica sempre magoá-lo, mesmo ele sempre se doando ao máximo pra vê-lá feliz. Ele não media esforços pra conseguir ver surgir na face na face de Mônica um sorriso de alegria, mas ela não media a palavras lhe dizer algo, isso com o passar do tempo foi transformando ele.
Eduardo estaciona o carro, abri a sua porta e, vai pegar a cadeira de rodas de Mônica, que estava no porta-malas, ao abrir a porta pra Mônica, e antes mesmo de Mônica sair do carro e antes de sentar na cadeira, ele percebe que Mônica estava chorando.
- Amor! Foi o que? Me perdoe, eu não quis te magoar! Me perdoe!
Mônica chorava como uma criança. O Seu choro era delicado, mas rios de lágrimas vertiam de seus lindos olhos. Mônica era doce como uma criança e forte como um leão, ela conseguia ser antagonicamente perfeita. Ela era extremamente intensa em seus sentimentos.
- Não é você Dú. Você não fez nada! Não precisa me pedir perdão, eu é que devo lhe pedir perdão! Eu sempre lhe digo tudo o que penso, sem medir as palavras e, você sempre ouvi tudo calado. Sempre busca não me machucar.
- Por quê você está assim Ni? Você está tremendo e soando frio filha!
- Eu estou com muito medo, pois da ultima vez que eu mergulhei aqui, eu ainda podia mexer minhas pernas, mas agora elas estão paradas diante de meus olhos. Estou com muito medo - Quanto mais ela falava mais ela chorava.
- Calma amor?
- Calma? Eu estou tentando, mas não consigo! Eu estou com muito medo! - Mônica chorava e soluçava.
Eduardo dirige-se até Mônica, dá um abraço bem apertado e carinhoso nela e começa a chorar! O coração de Mônica parecia um coração de um pequeno pássaro que acaba de ser capturado. Ele batia muito rápido. Dava pra sentir que ela estava com muito medo. Seu choro era semelhante ao de uma criança! Aos poucos o coração deles começaram a vibravam no mesmo ritmo, na mesma melodia, era algo impressionante. Eles se completavam de forma única. Eles eram muito parecidos.
- Mônica, eu também não sei como será esse nosso mergulho. – Eduardo falava de forma tão doce no ouvido de Mônica, parecia um pai que canta pra sua filha dormir, a mais doce canção de ninar – Vai ser uma experiência difícil, muito difícil, mas seria mais difícil sem você ao meu lado. Eu prometo que estarei aqui bem ao seu lado pra te ajudar a mergulhar. Sempre que você sentir medo, pode gritar comigo, pode até jogar geléia em minha cabeça que eu não ficarei chateado com você – naquele momento surgi uma risada doce e serena de Mônica, um verdadeiro prêmio pra Eduardo – Amor! Eu serei a sua força na hora da fraqueza, serei o seu escudo em meio às lutas. Juntos, seremos fortes, pois nós temos o melhor auxilio pra vida de uma pessoa. Nunca estaremos sós, pois Deus é nosso socorro bem presente em meio às dificuldades. Não esse vendido por alguma pessoas extremamente religiosas, mas um Deus de amor e paz, que se faz presente a cada passo de nossas vidas, mesmo quando não houver esperança, Ele nos dará ânimo pra viver. Ele não nos livra dos problemas, mas no meio dos problemas para que nós possamos aprender com as adversidades da vida.
- Te amo Dú! – Mônica olha de forma tão doce para Eduardo.
- Também te amo cara de tatu! – Eduardo nunca perdia a chance de fazer uma graçinha. Ele amava fazer Mõnica feliz! Amava ouvir a sua doce risada!
- Seu besta!
Risos rompem as lágrimas e a tristeza se converte em alegria, e eles vão mergulhar.
Como será que foi o mergulho? Vocês nem imaginam o que aconteceu!


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(Continua na Parte 05)
O restante só na versão IMPRESSA.
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